quinta-feira, 21 de julho de 2016

ERP - Planejamento de Recurso Corporativo

ERP - Planejamento de recurso corporativo


É um sistema de informação que integra todos os dados e processos de uma organização em um único sistema. A integração pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras etc) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio a decisão, etc). O ERP é uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa, possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações do negócio. ERP é a espinha dorsal dos negócios eletrônicos, uma arquitetura de transações que liga todas as funções de uma empresa, por exemplo, de processamento de pedido de vendas, controle e gerenciamento de estoque, planejamento de produção e distribuição e finanças.
Entre as mudanças mais palpáveis que um sistema de ERP proporciona a uma corporação, está a maior confiabilidade dos dados, agora monitorados em tempo real, e a diminuição do retrabalho. Algo que é conseguido com o auxílio e o comprometimento dos funcionários, responsáveis por fazer a atualização sistemática dos dados que alimentam toda a cadeia de módulos do ERP e que, em última instância, fazem com que a empresa possa interagir. Assim, as informações trafegam pelos módulos em tempo real, ou seja, uma ordem de vendas dispara o processo de fabricação com o envio da informação para múltiplas bases, do estoque de insumos à logística do produto. Tudo realizado com dados orgânicos, integrados e não redundantes.
Algumas das vantagens da a implementação de um ERP numa empresa são:
  • Qualidade e eficácia
  • Redução de custos
  • Agilidade empresarial
  • Eliminar o uso de interfaces manuais
  • Otimizar o fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro da organização (eficiência)
  • Otimizar o processo de tomada de decisão
  • Eliminar a redundância de atividades
  • Reduzir os limites de tempo de resposta ao mercado
  • Reduzir as incertezas do Lead time
  • Incorporação de melhores práticas (codificadas no ERP) aos proce internos da empresa
  • Reduzir o tempo dos processos gerenciais
  • Redução de estoque;
  • Redução da carga de trabalho, pois atividades repetitivas podem e devem ser automatizadas;
  • Melhor controle das operações da empresa;
  • Melhoria de Infra estrutura de Hardware;]
  • Aprendizado em TI
  • Adequação ao cumprimento das legislações federais, estaduais e municipais vigentes;
Praticamente, na maioria dos casos os gerentes e profissionais de TI dessas companhias subestimam a complexidade do planejamento, desenvolvimento e treinamento necessário para utilizar o novo sistema ERP, que altera radicalmente os processos empresariais e sistemas de informação nos negócios. Algumas das desvantagens da implementação de um ERP em uma empresa são:
  • A utilização do ERP por si só não torna uma empresa verdadeiramente integrada;
  • Altos custos que muitas vezes não comprovam a relação custo/benefício;
  • Dependência do fornecedor do pacote;
  • Adoção de melhores práticas aumenta o grau de imitação e padronização entre as empresas de um segmento;
  • Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento depende das informações do módulo anterior, por exemplo. Logo, as informações têm que ser constantemente atualizadas, uma vez que as informações são em tempo real, ocasionando maior trabalho;
  • Inserção de dados não confiáveis, quando é necessário o input pelo usuário;
  • Dificuldade de repasse da cultura Organizacional aos funcionários;
  • O seu fornecedor pode descontinuar a sua versão de ERP sem aviso prévio;
As quatro principais empresas de desenvolvimento de ERPs no Brasil, e seus percentuais de participação no mercado em 2013, são:


terça-feira, 19 de julho de 2016

TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Sistema de informação é um conjunto de componentes inter-relacionados, desenvolvidos para coletar, processar, armazenar e distribuir informação para facilitar a coordenação, o controle, a análise,  visualização e o processo decisório.
Conforme Laudon e Laudon (1996), os SI podem ser classificados de acordo com o nível hierárquico onde são tomadas as decisões a que dão suporte.
E segundo Anthony (1965) os níveis hierárquicos de uma organização podem ser divididos em três níveis: operacional, tático e estratégico.

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    Então utilizamos tipos específicos de sistema de informação para cada nível organizacional existente:
  • No nível operacional temos os Sistemas de processamento de transações (SPT).
  • Em se tratanto de nível tático, temos dois tipos de SI:
    • Sistemas de informação gerencial (SIG)
    • Sistemas de apoio à decisão (SAD).
  • No topo dessa estrutura, temos o nível estratégico que está amparado por Sistemas de informação executiva (SIE).
Essa á forma mais aceita de se dividir os sistemas de informação, de acordo com sua finalidade de uso e nível organizacional o qual irá auxiliar.

Sistemas de Informação Operacional

Formado por operações rotineiras,  normalmente trabalha com um grande volume de operações de entrada e saída. A maioria dos sistemas de informação estão neste nível e são característicos pela existência de muitos formulários de cadastros, relatórios e outras operações rotineiras.
Exemplos: formulários de cadastros, relatórios de conferência de dados, listagens, consultas e modificações de dados.

Sistemas de Informação: Gerencial ou Tático

Formado por operações de apoio na tomada de decisões. Tem função gerencial e trabalha com informações agrupadas. Este tipo de sistema usa as informações operacionais para criar mecanismos de gerenciamento das organizações
Exemplos: Projeção de vendas para o mês seguinte; Análise de clientes, produtos ou mercado; Lucro efetivo por produto; Comparativo de desempenho da empresa, segmentos ou produtos. Relatórios analíticos e sintéticos.

Sistemas de Informação: Estratégico

Formado por operações  estratégicas; apoia a alta diretoria filtrando as informações fundamentais e altamente estratégicas.
Exemplos: Sistemas de controle de tráfego aéreo, sistemas de UTI e neonatal, Controle de trânsito, sistemas que apoiam a alta direção das organizações e governos, entre outros.

Um sistema poderá estar relacionado com mais de um dos níveis acima. Um exemplo disso é um grande sistema bancário, nesse caso teremos:
  • Operacional: caixa, caixa eletrônico, abertura de contas, contratos, etc;
  • Tático: balanço da agência, dashboard, curva ABC de clientes e produtos, etc;
  • Estratégico: Curva ABC de agências, cidades e regiões, desempenho de produtos, desempenho do banco x desempenho do mercado, etc.

REFERENCIAS:

ANTHONY, R. N. Planing and Control Systems: A Framework For Analysis. Cambrigde : Harvard University Press, 1965, 180p.
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerenciais. 4.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 1996.

terça-feira, 12 de julho de 2016

A importância das arquiteturas de rede para Sistemas de Informação.

       As arquiteturas de rede foram criadas para a implementação das tecnologias de comunicação que surgem através do tempo. Para os Sistemas de Informação, sua utilização possibilita uma melhor resolução de problemas a níveis corporativos, como a necessidades de teleconferências, comunicação rápida entre filiais para tomadas de decisão, etc. Com isso, é de suma importância na atualidade a utilização das arquiteturas de rede para a resolução desses tipos de situações, acarretando numa maior produtividade das empresas e uma melhor comunicação entre usuários de todo o mundo.

terça-feira, 5 de julho de 2016

A Importancia do uso de Banco de Dados

No mundo competitivo de hoje é muito importante que as organizações evitem ao máximo os problemas que possam levar ao erro em suas tomadas de decisões.

Além disso, é também fundamental sempre dispor de informações que ajudem os gestores a calcular riscos, otimizar processos e melhorar os resultados.

Para tal é necessário o  armazenamento correto e de qualidade dos dados com os quais a organização vai lidar na sua rotina de trabalho.
Basicamente se utiliza banco de dados para transformar esses dados em informações e conhecimento e para auxiliar na tomadas de decisões.

Quando uma empresa possui bancos de dados bem estruturado ela consegue saber o perfil exato de clientes e de outras pessoas, físicas ou jurídicas, que estejam registrados no seu campo de elementos guardados.
Quando esses dados são relacionados entre si, através de um estudo sistemático, eles se transformam em informações preciosas. Se inseridas em um contexto determinado, elas tornam-se fonte de conhecimento para ser utilizado como base de um processo decisório. Dessa forma, evitam-se muitos riscos de mercado e você consegue ser mais assertivo e seguro nos planos de ações a serem tomadas pelos setores da empresa.

Vale lembrar que grande quantidade de dados não é relevante. Por isso, é preciso que eles estejam bem organizados, consistentes e compreensíveis. Dessa forma, a qualquer instante eles poderão ser estudados, analisados e se transformarem em informações precisas e importantes – daí se convertendo em conhecimento.

Vale ressaltar que os resultados dependem, basicamente, da manutenção e da atualização dos dados, de forma que possam ser adicionados ou excluídos a qualquer tempo. Entra em questão também a rapidez de acesso a eles. A utilidade e os benefícios adquiridos, portanto, são diretamente proporcionais à forma de armazenar, organizar e acessar esses dados.

E como fazer isso?

Para isso é necessário um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) que é um software com recursos específicos para facilitar a manipulação das informações dos dados e o desenvolvimento de programas aplicativos.

Um sistema de gerência de banco de dados (SGBD) é uma coleção de programas que permite que usuários criem e mantenham bancos de dados.



Exemplos : MS SQL Server , Oracle Database, IBM DB2, MySQL , PostgreSQL.



Características Gerais de um SGBD

· Controle de Redundâncias
· Compartilhamento dos Dados
· Controle de Acesso
· Interfaceamento
· Esquematização
· Controle de Integridade
· Backups

Controle de Redundâncias:
A redundância consiste no armazenamento de uma mesma informação em locais diferentes, provocando inconsistências. Em um Banco de dados as informações só se encontram armazenadas em um único local, não existindo duplicação descontrolada dos dados. Quando existem replicações dos dados, estas são decorrentes do processo de armazenagem típica do ambiente Cliente-Servidor, totalmente sob controle do Banco de dados.

Compartilhamento dos Dados:
O SGBD de incluir software de controle de concorrência ao acesso dos dados, garantindo em qualquer tipo de situação a escrita/leitura de dados sem erros.

Controle de Acesso:
O SGBD de dispor de recursos que possibilitem selecionar a autoridade de cada usuário. Assim um usuário poderá realizar qualquer tipo de acesso, outros poderão ler alguns dados e atualizar outros e outros ainda poderão somente acessar um conjunto restrito de dados para escrita e leitura.

Interfaceamento:
Um Banco de dados deverá disponibilizar formas de acesso gráfico, em linguagem natural, em SQL ou ainda via menus de acesso, não sendo uma “caixa-preta” somente sendo passível de ser acessada por aplicações.

Esquematização:
Um Banco de dados deverá fornecer mecanismos que possibilitem a compreensão do relacionamento existente entre as tabelas e de sua eventual manutenção.

Controle de Integridade:
Um Banco de dados deverá impedir que aplicações ou acessos pelas interfaces pudessem comprometer a integridade dos dados.

Backups:
O SGBD deverá apresentar facilidade para recuperar falhas de hardware e software, através da existência de arquivos de “pré-imagem” ou de outros recursos automáticos, exigindo minimamente a intervenção de pessoal técnico.

A importância do uso de Data Warehouse na rotina corporativa.

A tecnologia do SAD é de suma importância em uma organização, porém as informações fornecidas por esse têm de ser confiáveis e consistentes. Devido a isso os data warehouses surgiram para dar suporte a essa necessidade, sendo um imenso banco de dados contendo informações de toda a empresa de forma integrada. Com o grande benefício do uso de data warehouse, grandes empresas criaram esse banco. No presente artigo serão destacados a importância dos SADs nas organizações, os problemas na gestão dos dados, e o data warehouse como solução para as organizações, com o exemplo da Sears Roebuck and Company e da US West.

Com a constante busca por melhores resultados de suas tomadas de decisão, a utilização de sistemas computadorizados para dar suporte a esse processo torna-se imprescindível. Devido a isso, os sistemas de apoio à decisão, SADs, também chamados de sistemas de suporte à decisão, SSD, tem evoluído bastante, visando maior efetividade em sua utilização. Os data warehouses surgiram para dar suporte aos SADs, otimizando consultas e oferecendo maior qualidade e confiabilidade das informações. “Foi com o objetivo de organizar os dados corporativos da melhor maneira possível, para que pudessem ser acessados e utilizados pelos gerentes e diretores, a fim de auxiliá-los na tomada de decisões, que surgiu o conceito de data warehouse.

É muito importante ressaltar a importância de um SAD, sistema de apoio à decisão, em uma organização, visto que é uma ferramenta que trata os dados os transformando em informações relevantes para o processo de tomada de decisões da organização. A maneira com que as informações são fornecidas ao usuário é ponto principal nesse processo. “Um SSD fornece aos usuários um conjunto flexível de ferramentas e de recursos para analisar importantes blocos de dados.” O processo decisório influencia todas as atividades da empresa, desde as atividades operacionais às de gestão de alto escalão. Diante disso um SAD torna-se importantíssimo na organização, e os benefícios são muitos, desde melhor visão das informações até a maior segurança no processo decisório. Os data warehouses são criados pelas organizações justamente para fornecer suporte a esse importante aliado dos tomadores de decisão, fornecendo informações precisas e confiáveis aos SADs e esse fornecendo aos gerentes uma visão global da organização, permitindo uma tomada de decisão mais precisa.

As informações são parte fundamental no processo de tomada de decisão. Considerando que essas são constituídas de dados, o processo de gerenciamento dos dados torna-se importantíssimo, desde o armazenamento até a recuperação e transformação desses em informações através de SIGs, SADs, entre outros. “[...] já se conhece que os dados são um ativo da empresa, mesmo que sua manutenção possa também representar um ônus. Por isso, em termos de informação e conhecimento, o uso dos dados é poder.” Devido ao constante crescimento das organizações, são adotados diversos bancos de dados para solucionar o problema do armazenamento e recuperação dos dados, muitas vezes um para cada região de trabalho da empresa, como mostra o caso da Sears Roebuck and Company no capítulo seis. Diante disso, o processo de gestão desses dados torna-se muito difícil, visto que estão armazenados em vários bancos de dados diferentes, com dados muitas vezes redundantes, acarretando uma difícil organização desses em relatórios, por exemplo. “Com a introdução dos ambientes cliente/servidor os bancos de dados foram espalhados pela empresa inteira, dificultando a localização rápida e fácil dos dados.” A disseminação dos dados pela empresa em diversas plataformas de armazenamento é somente um dos fatores que dificultam a gestão desses. Segundo Turban (2004), ainda há que se considerar o constante crescimento da quantidade de dados, a segurança e qualidade desses, entre outros fatores.

O Data Warehouse é uma evolução do sistema de apoio à decisão, utilizado para atender a demanda de sistemas transacionais. “O objetivo do data warehouse é criar um repositório de dados que dê acesso a dados operacionais sob formas facilmente aceitáveis para as atividades de processamento analítico, como por exemplo apoio à decisão.” Diante disso, um data warehouse é um imenso banco de dados onde todos os dados da organização são armazenados e organizados, evitando redundância e dificuldade de acesso. Contudo, vale ressaltar que nem todos os dados gerados pelos sistemas cliente/servidor da empresa são enviados para este banco, sendo muitas vezes transferidos somente um resumo desses. Segundo Reynolds (2002), esses sistemas de bancos de dados geralmente, desde seu início, já armazenam até centenas de milhões de registros de dados. Existem inúmeras vantagens no uso de data warehouses, onde, segundo Turban (2004), os benefícios são fornecer ao usuário final a possibilidade de realizar análises de forma mais abrangente e variada, possibilitar uma visualização dos dados gerais da organização, facilitando a recuperação desses, possibilitar a transferência dos sistemas operacionais para servidores de baixo custo, entre outros. O data warehouse foi a solução do problema enfrentado pela Sears, e é a solução para muitas organizações com grande número de dados, dados disseminados em sistemas diferentes, gestão baseada na informação e grande número de usuários finais realizando tarefas. “Os benefícios ampliam o conhecimento do negócio, aumentam a vantagem competitiva, melhoram o atendimento ao consumidor e seu nível de satisfação, facilitam a tomada de decisões e ajudam a racionalizar os processos de negócio.” Apesar dos grandes benefícios é importante ressaltar que se faz necessário uma avaliação do real custo/benefício e viabilidade na implementação de um data warehouse, que pode assumir um custo bastante elevado.

Um data warehouse é, muitas vezes, conhecido somente como um imenso banco de dados capaz de armazenar milhões de registros. Contudo, ele não consiste somente nisso, existem outras importantes características que fazem do data warehouse um poderoso aliado da organização. Dentre elas, Turban (2004) diz que as principais são:
Organização;
Consistência;
Variedade de tempo;
Não-volatibilidade;
Estrutura relacional;
Arquitetura clinete/servidor.

A organização dos dados é algo muito relevante em um banco de dados. O data warehouse os organiza por assunto, utilizando metadados para tal, além de conter somente as informações mais importantes no apoio a decisão. A codificação dos dados dentro desse banco é bastante consistente, utilizando um mesmo tipo de codificação para todos os dados. Quanto a variante de tempo, os dados são armazenados de 5 a 10 anos em média, para que seja possível fazer análises históricas, avaliar tendências, entre outros. Depois desse tempo, “[...] dados operacionais e externos são “limpos”, para remover as inconsistências, e integrados, para criar um novo banco de dados mais ajustado à análise corporativa.” Pelo fato de os dados inseridos no data warehouse serem somente para leitura este banco é considerado não-volátil, pois seus dados não recebem atualizações. A estrutura desse tipo de banco é normalmente relacional. Quanto a arquitetura, este utiliza a cliente/servidor, com a finalidade de conceder maior facilidade de acesso ao usuário. Vale ressaltar um outra importante característica do data warehouse, a possibilidade de acesso aos seus dados via intranet, utilizando navegadores web para visualizar, consultar, produzir relatórios, entre outros.

Nesse capítulo serão apresentados os casos da Sears e da US West, empresas que criaram data warehouses para solucionar seus problemas no armazenamento e utilização dos dados.

A US West é uma empresa, com sede em Denver, Estados Unidos, provedora de serviços de telecomunicações, atendendo a 25 milhões de clientes em 14 estados, com 51.000 funcionários e 14,5 milhões de linhas de serviços. No ano de 1994 os profissionais de sistemas de informação desta concluíram que era necessário renovação na área tecnológica da empresa, principalmente para facilitar e otimizar o trabalho dos funcionários, que, até então, utilizavam tecnologias já obsoletas, além de uma forma de gerenciar quais produtos estavam sendo adquiridos pelos clientes e porquê, visando o processo de tomada de decisão. A solução encontrada foi criar um data warehouse, onde SGBD, hardware e sistema operacional trabalhassem em conjunto, como um único sistema. Porém, para que essa implementação resultasse em sucesso os usuários teriam que estar envolvidos em todo o projeto, de modo a determinar a forma com que os dados seriam armazenados e organizados, visando uma melhor recuperação desses, para que houvesse maior rapidez nas respostas a consultas, além de objetividade dessas mesmas. Diante disso, consultores foram contratados para dirigir a equipe de usuários finais na modelagem dos dados, e na maneira com que esses seriam armazenados, partindo dos resumidos aos detalhados. No final de 1996 foram implementados data marts, possibilitando o acesso dos funcionários. O impacto dessa implementação foi bastante grande nas campanhas de marketing, principalmente as voltadas para grandes clientes.

A Sears é a maior rede de lojas de departamentos e terceira maior varejista dos EUA. Ela possuía 18 bancos de dados, um para cada região geográfica atendida pela empresa, e um para cada departamento. Com a iniciativa de modernizar seu sistema de informações alguns problemas foram surgindo, sendo o primeiro deles a falta de homogeneidade dos dados, visto que foram criadas no projeto apenas sete regiões geográficas, forçando os usuários a consultar diversos sistemas, além do fato de que os dados já resumidos dificultavam uma análise mais detalhada. E, concluindo, uma quantidade inevitável de erros no caso de dados para cálculos que eram obtidos de diversas fontes diferentes. Para resolver esse grande problema a Sears criou um data warehouse para armazenar os dados provenientes das vendas, substituindo os 18 bancos de dados que haviam, certamente contendo dados redundantes, obsoletos e até contraditórios. Seu projeto de data warehouse e reengenharia de TI foi completado em menos de um ano. O banco de dados iniciou com 1,7 terabyte, evoluindo em 2001 para 10 terabytes. Com um sistema chamado Sistema Repoting de Departamento Estratégico (SPRS) a maior loja de departamento dos EUA pode agora rastrear todos os produtos de suas 1950 lojas nacionais e 1600 internacionais, elaborando estratégias de compras, merchandising e marketing. No início o data warehouse era acessado 3 mil vezes por dia por compradores, repositores, profissionais de marketing, entre outros. Em 2001, com a grande utilidade desse sistema, o número de acesso cresceu muito. “Acima de tudo, o maior impacto estratégico do data warehouse é que ele representa para os funcionários da Sears uma ferramenta para tomar melhores decisões, e que se reflete nos lucros da empresa, que cresceram mais de 20% ao ano desde a instalação do SPRS.”

As informações tem sido cada vez mais valiosas nas organizações, principalmente para o processo de tomada de decisão. Informações sobre a organização, a quantidade de vendas e de produtos em estoque são as mais básicas, porém informações consistentes e precisas sobre o comportamento de seus clientes e histórico dos últimos 7 anos, por exemplo, só são possíveis com o uso de data warehouses. Essa tecnologia em banco de dados tem estado presente em cada vez mais empresas de médio e pequeno porte devido aos grandes benefícios proporcionados, dentre eles a possibilidade de se ter uma visão consistente de toda a organização. A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) já tinha seu data warehouse, porém, visando uma maior otimização de seus serviços ela decidiu por reformular seu banco de dados, investindo em infra-estrutura, software e consultoria. O novo data warehouse começou a rodar em 2006, com extração de dados em tempo real, fornecendo à ferramenta de Business Intelligence as informações e essa disponibilizando-as em relatórios, gráficos e amostras estatísticas para que gestor possa tomar as medidas necessárias. O exemplo da Sabesp mostra a intenção das organizações em otimizar seus serviços, visto que esta já possuía seu data warehouse, mas decidiu por implementá-lo para, aliado à Business Intelligence, fornecer melhor suporte para tomada de decisões.

Computaçã em Nuvem e Computação em Névoa: suas importâncias para os Sistemas de Informação.

       Computação em nuvem consiste na utilização de serviços de processamento, armazenamento de dados e outros serviços compartilhados e interligados por meio da Internet. Os dados armazenados na nuvem podem ser acessados em qualquer lugar do mundo, a qualquer hora, sem a necessidade de instalação de programas ou acessar dados na máquina. O acesso a programas, arquivos e serviços é remoto , dando a alusão a nuvem.
Há tipos de serviços, ideais para o tipo de atividade a ser contratada, como:
-Infraestrutura como serviço (IaaS);
- Plataforma como serviço (PaaS);
-Desenvolvimento como serviço (DaaS);
-Software como serviço (SaaS);
-Comunicação como serviço (CaaS);
-Tudo como serviço (EaaS);
-Banco de dados como serviço (DBaaS).
As características da computação em nuvem, basicamente, são:
-Provisionamento dinâmico de recursos sob demanda, com mínimo de esforço;
-Escalabilidade;
-Uso de "utility computing", onde a cobrança é baseada no uso do recurso ao invés de uma taxa fixa;
-Visão única do sistema;
-Distribuição geográfica dos recursos de forma transparente ao usuário.
       Para a área de Sistemas de Informação, essa nova tendência vem se tornar um auxílio para o desenvolvimento da computação moderna, com seus novos métodos e armazenamento de dados e processamento de informações. Mas, ao mesmo tempo, divide opiniões quanto ao seu custo real, pois, a curto prazo, o investimento inicial é considerado baixo em relação a implementação de um sistema de processamento físico. Por outro lado, não se sabe ao certo seu custo a médio e longo prazo, pois sua implementação no ambiente corporativo geraria alguns custos extras, como conversão da corrente de sistema da empresa, a implementação de integração, formação de pessoal e redesenho da arquitetura e processos. Para saber o real custo de sistemas baseados na computação em nuvem, é necessário sua maior divulgação no ambiente corporativo e sua implantação, mesmo correndo o risco de não haver o retorno esperado.
       E atualmente surgiu uma espécie de forma alternativa à computação em nuvem, que é a computação em névoa. Ela consiste em conduzir os dados ou processos a um terminal mais próximo do usuário final. É como uma "sala de espera"para os dados em direção à nuvem, opondo-se a ela em alguns aspectos como, por exemplo, na computação em nuvem os recursos computacionais não estão necessariamente perto do usuário. De certa forma, as duas formas de computação tem tudo para caminhar lado a lado rumo a evolução da computação moderna, proporcionando à usuários e programadores uma melhor experiência e desempenho na hora de usufruir seus recursos.